Em Estado de Beleza
Naturalizar os horrores de sorrisos Maltrapilhos, esquivados, subtraídos
A romantização de sorrisos singulares
sobreviventes nos porões de descasos ditatoriais
A banalização da bestialidade de quem sufoca e domestica sorrisos
Mutila, maltrata, subjulga, escanteia
Deixando à míngua,
ao descaso atemporal,
ao escárnio maldito,
às tempestades sufocantes ,
às ventanias sem freios,
Às palavras escaldantes de tão feias e tão frias
a delinear assombros
nos cotidianos que vagueiam
E alumiam flagrantes
de Sorrisos esqueléticos como panfletos que rasgam, sonegam e escravizam a esperança da Boniteza um dia reinar espalhafatosa
Com Sorrisos que emanam,
transcendem florescendo
o vigor que lastreia
Estado de Beleza, de Poesia e de Nobreza