Do Hades à vida

Serei feliz em setembro

No botão e na palma do alívio, vívido e recém-desabrochado.

Serei feliz junto à moça

Que retorna vestida de sol, sal, vermelho vibrante e temporal límpido

Para que das profundezas, seja ela mesma o adiante

Do que antes era só frieza e folhas caídas.

Para recostar finalmente aos ombros da mãezinha e da saudade

Que há meses espera pra sorrir.

Retorna, para abrir as cortinas, persianas acinzentadas e as janelas emperradas

De quem agora ditosa e amada

Troca pela chegada, o silêncio do partir.

Serei, sempre e em tudo, feliz em setembro.