VOU ME EMBORA PRA RATANABÁ
vou me embora pra Ratanabá
Lá é outra civilização
onde eu bebo com a Rainha de Sabá
enquanto alguém dedilha um violão
vou me embora pra Ratanabá
aqui é impossível ser feliz
lá não tem cheiro de bozo no ar
nem meninos portando fuzis
e como treinarei caratê
e tomarei banhos de lagoa
a beleza das índias vou ver
curtirei a vida numa boa
Ratanabá é doce concepção
tem um eficaz disque-marijuana
ninguém fala em privatização
e o rei é meu amigo bacana
quando chegar, enfim, a meia-noite
com a vontade de me matar
a Rainha de Sabá trará o açoite
vou me embora pra Ratanabá