Metáfora 

 

 

Sou estatua durmo na pedra nas

vértebras do meu barro
átomo  no ventre da escuridão
Vagante  pelas ruas ermas da insolitude
no terço das horas
entre os anéis dos meus cabelos de pó
toco a pele do corpo da minha metáfora

sinto a fragilidade dos meus ermos
Sou fera  de quem escaldou o tempo
com a agua ancestral de sonhos entalhados
nesta floresta de erros
Sou esse grito aprisionado  
 pés do mistério descalços...