Duna

Seu corpo de areia

aos montes, que subo.

Galgo, cavalgo,

seus seios que me

soterram,

suas curvas que me

confundem,

seu ventre, onde me

enterro.

Suas pernas, que venço,

seus lábios, que escavo,

seus olhos, que reviro

e dentro de ti, me esgoto

e descanso,

ancorado em teu pescoço

de areia movediça.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 11/06/2022
Código do texto: T7535619
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