Faísca

Em mundo geleira

Faísco

Ao olhar de geladeira

sou cisco.

Ao descontento das latas

Ainda pulso

Ao inferno com as fábricas

Não contenho impulsos!

Ainda arvoro entre serras

Sangro e não estanco

Iço as minhas velas

Quando o mar está quebrando

Troco obras completas

Pela tela em branco

O todo

por ser tudo

é uma merda

As partes, no entanto,

são janela aberta.