Faz-me
A circunstância me faz sedenta
A sede me faz fraca
A fraqueza me faz impura
A impureza me faz indecente
A indecência me faz vulgar
A vulgaridade me faz ardente...
Queimo como chama viva...
Não tenho caminho definido
Não sei onde começo ou termino
Sou representada pelo símbolo do infinito...
Minha ânsia de engolir o mundo
De sorver em goles grandes
Afasta-me das certezas...
Empurra-me às correntezas...
A realidade me faz aprendiz
O aprendizado me faz renascer
O renascimento me faz perdoar
O perdão me faz permitir
A permissão me faz buscar
A busca me faz sentir...
Sinto com toda alma...
Cinco sentidos presentes
Sou escrava e senhora...
Ronda-me pensamentos indecentes...