TERRA ARRASADA
Quantas vezes meu peito,
querendo gritar um milhão
de nomes, deparou-se iletrado
porque cismava em entender
apenas palavras do seu idioma?
Quantas vezes fincastes
bandeiras de colonizador
em minha mente, devastando
as terras dos meus povos originários
e deturpando minhas individualidades?
E agora vais embora com a torpeza
de quem caminha sem olhar para trás
ciente de que o tropeço foi meu
Retira-se como quem sabe
que quem já se encontra ao chão
não tem mais porquê sentir medo de cair