TAPETE DE FLORES

Por Juliana S. Valis

 

Mais um dia se vai entre as cores distantes,

Tapete de flores nos jardins do tempo,

Pelos sonhos e sombras de breves instantes,

Voando em síncopes dessa paz no vento...


Um rio se vai entre as flores incertas,

Além das dores que passam pelos céus da vida,

Em tantos olhares de almas repletas

 

Pelos mares do tempo que o silêncio abriga!

 

Pois também somos essas flores distantes,

Transbordando em mil cores de sutilezas,

Em direções incertas pelas correntezas,

 

Almas repletas de emoções errantes,

 

Onde, estarão, triunfantes as sensações coesas?

 

Pois o que sentimos, enfim, no coração profundo,

Talvez se dilua entre os tapetes dessas flores sós,

Muito aquém de nós e muito além do mundo,

 

No profundo céu que transbordar em nós.


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