As vezes quero escrever

coisas, que falem um pouco de mim.

Mas, a timidez ou vergonha, não permitem.

As vezes, somente o desejo de querer.

Daí, nada constituo, nada...

O momento, pede calma.

Prefiro, não ouvi-lo.

 

Há a arrependimentos, em meu eu.

Ver meu avô morrer, sem nos falarmos...

Há angústias e cansaços.

Essa musa que mora longe... 

Cuja presença, me consome.

 

Da prole, nada direi 

Um dia, quem sabe Deus...

Foda, a minha covardia.

Essa imensidão de desassossegos.

 

Nada consegue apaziguar minh'alma.

como a cerveja no bar, a aspirina barata

e outras tantas caixas de remédios, tarja preta.

Mergulho então em meus pensamentos.

Quisera, saber nadar...

 

Rio de Janeiro, 02/05/22

Nota: está e uma obra de ficção.

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