INTERFERÊNCIAS ENTERRADAS
INTERFERÊNCIAS ENTERRADAS
O enterro aprofunda,
Construções habitáveis.
O prazer de fazer,
Iguala-se ao semear.
No fundo do amor,
Esconde-se o mundo do interior.
Imaginável, o ter morde buscas definidas,
E mastigadas por modos saboreados.
As causas das coisas esquecidas,
Centrais e pontuais nos contatos,
Deixam-se em passagens.
Dobrável e dupla,
A negação das maneiras antigas e rudes,
Desampara os toques da doçura.
Ausente de aparência,
A queda do esforço,
Deslumbra-se com implementações.
Comparada ao nada,
A escrita desaparece no tudo.
O silêncio vivo,
Morre nas interferências.
Sofia Meireles.