GINÁSTICA

Na rimas pobres da alma poética

Nos garranchos de uma esferográfica

Componho versos de inspiração eclética

Minha timidez patética, lavra pornográfica.

E se por vezes eu assassino a métrica

Pensando criar uma obra fantástica

É por que minha escrita é meio elétrica

Mas a forma não é muito drástica.

Minha poesia não é nada tetrica

Nem muito forte nem tão bombástica

A simplicidade é minha dialética

Não sou de proferir sentença enfática:

Escrevo para não cair em inércia caquética,

Pois a poesia é a minha ginástica.