Fui, sou e sempre serei poeta.
Já fui chamado de filho,
Mas nunca tive amor de pais.
Já fui chamado de amor,
Mas do viver a dois só ficou, os ais.
Já fui chamado de pai,
Talvez não tenha sido bom, ruí.
Já fui chamado de irmão.
Nem de sangue nem de fé restaram.
Já fui chamado de amigo,
Mas na dureza da lida, inimizaram.
Já fui chamado de poeta.
E este ainda sou e sempre serei,
Pois a dura lida em sua economia,
Me fez poeta por amar a poesia.
(Molivars).