É...
Como se uma cortina abrisse,
Sem que tu o visse,
É o prelúdio da reflexão,
O instante para compreender a razão,
Uma marcha no vento,
O progredir de um momento,
Como se quisesses olhar para fora,
Mas, é dentro onde a dúvida mora,
Então, caminhamos nas entrelinhas,
Buscando espaços por preencher,
Até que se encha o vazio,
Do anseio e (ao) o prazer,
Definimos-nos silentes,
Envolvidos em silêncios,
Perto ou distantes,
Que não se engolem a seco,
Pois, estes não trazem ecos,
Obriga o raciocínio,
A ter de si domínio,
O equilíbrio da matéria,
Para que não se exagera,
Pois, há doses de silêncios,
Bons e maus,
Para cada ciclo da emoção,
E em todas as palavras
Há extracto de si,
O amor silencia dor,
Tal como a dor dá voz ao silêncio,
Até na expressão do frio,
Nem os sonhos escapam,
Tão pouco a saudade,
É como disse antes,
Em todas as palavras,
Há um extracto de silêncio (...)
(M&M)