É...

Como se uma cortina abrisse,

Sem que tu o visse,

É o prelúdio da reflexão,

O instante para compreender a razão,

Uma marcha no vento,

O progredir de um momento,

Como se quisesses olhar para fora,

Mas, é dentro onde a dúvida mora,

Então, caminhamos nas entrelinhas,

Buscando espaços por preencher,

Até que se encha o vazio,

Do anseio e (ao) o prazer,

Definimos-nos silentes,

Envolvidos em silêncios,

Perto ou distantes,

Que não se engolem a seco,

Pois, estes não trazem ecos,

Obriga o raciocínio,

A ter de si domínio,

O equilíbrio da matéria,

Para que não se exagera,

Pois, há doses de silêncios,

Bons e maus,

Para cada ciclo da emoção,

E em todas as palavras

Há extracto de si,

O amor silencia dor,

Tal como a dor dá voz ao silêncio,

Até na expressão do frio,

Nem os sonhos escapam,

Tão pouco a saudade,

É como disse antes,

Em todas as palavras,

Há um extracto de silêncio (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 31/05/2022
Código do texto: T7527832
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