CONTRA A CIVILIZAÇÃO
Desejo a vertigem:
o doce e banal colápso
da civilização ocidental;
quero o futuro do céu, do mar,
e das águas,
além do deserto das grandes cidades,
das máquinas & disciplinas
que roubam do corpo
o devir da vida.
Desejo saber de novo o oceano
na beleza de um grão de areia
e todos os segredos escondidos
sob a pele do meu chão,
sentir meu corpo desfeito
no mover-se da natureza,
ser livre do peso da minha própria existência
através das batidas incertas do meu coração.