CONTRA A CIVILIZAÇÃO

Desejo a vertigem:

o doce e banal colápso

da civilização ocidental;

quero o futuro do céu, do mar,

e das águas,

além do deserto das grandes cidades,

das máquinas & disciplinas

que roubam do corpo

o devir da vida.

Desejo saber de novo o oceano

na beleza de um grão de areia

e todos os segredos escondidos

sob a pele do meu chão,

sentir meu corpo desfeito

no mover-se da natureza,

ser livre do peso da minha própria existência

através das batidas incertas do meu coração.

Carlos Pereira Junior
Enviado por Carlos Pereira Junior em 30/05/2022
Código do texto: T7527140
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