Sem Pudor
Dita as regras,
Faça-as cumprir em mim,
E que me recebas,
Para que eu sinta,
Sua força dominadora,
No corpo despido,
De alma inocente e nua,
Nutra-te da minha flor sem espinhos,
Percorra-me, em todos os caminhos,
Nas entrelinhas sem fim,
Faça-me arte em tuas mãos,
Ama-me sem pudor,
Esqueça os nãos,
Marca o meu território com amor,
Amarra as minhas vontades,
Na cópula dos teus desejos,
Meu corpo atrevido arde,
Na possessão dos meus gritos,
Onde a tesão queima as minhas paredes,
Dá-me de beber, mata-me essa sede,
Até ao jorra das últimas gotas,
Não me faças perguntas,
Canaliza-o em mim, percorra-me assim,
Extinguindo a saudade em nós,
Do calor que se manifesta em nós,
No silenciar da nossa voz,
Recebo-te onde orgasmos convulsionam,
Em cada ciclo que gera a lua,
Na loba que se manifesta na minha gênesis,
Onde paixão é combustão dos gemidos,
De cada aurora crescente em novo dia,
Da fricção de energias que gera vida,
Até que percamos os sentidos,
Devora-me, sem pudor (...)
(M&M)