"Tu és meu deleite e gozo"
Consumo em mim toda a realidade irreal,
Morro para mim em tudo o que é banal
E ressurjo como um verme a te consumir
Nesta ânsia infernal de tudo sentir.
Afundo no meu infiel desejo, em tudo
Oculto me faço desnudo e flutuo
Nas ideias de um dia vim a ser;
Perco-me em tudo que ousei crer
E sinto que um dia não irei morrer.
Ah esta é a triste poética do orador
Que discursa a todo instante sem dor
E quando chega o dia de sofismar
Não sabe ele a quem e porque irá cantar.
Esta é por overdose a desesperança
Que afunda em busca a minha ânsia
___De um dia vim a me tornar___
Tudo aquilo que um dia vim a almejar
___E nisto tudo ereto goz*___.