Carta Na Mesa
Como senão bastasse apenas o amor,
Haja silêncio para entender as razões,
Seja ela como for,
Como se a dor prostituísse a alma,
Nas inúmeras vezes que partistes,
Várias foram as gargalhadas na lama,
Na embriaguez daquele silêncio mórbido,
Sombrias foram às vezes que voltastes,
Aliás aqui nunca estivestes,
A mente afastada do corpo,
Buscavas prazeres em outras bocas,
São estas as várias razões do amor,
Que juraste ser fiel ao luar,
E nas primeiras ondas,
Naufragaste em outro a(mar),
Já podes partir dizia o tempo,
Onde gemiam as vontades escondidas,
Não soubeste decifrar as minhas poesias,
Eram quentes demais as minhas ilusões,
Então foram estás, as razões!?
Era fome da carne e não da alma,
Eram afagos tecidos e não chamas,
Adormeceram os desejos,
Em simples catadupas,
E agora, em quem jogamos as culpas!?
Que não fossem reais os sonhos...
São apenas reticências,
Dessa razão que me exilo
(M&M)