Veleiros dos tempos
Eu, pescador solitário,
Remando na vida em busca de abrigo,
Em uma tola e inútil procura...
Passo noites armando redes
Oscilando sobre este mar de sonhos,
Quando busco trazer à tona, alguma esperança.
O meu barco é talhado em saudades,
O velame, trapos de felicidade que não me canso de remendar...
Sopram os ventos que levam os anos
E me afastam dos desenganos,
Dos portos onde ancoravam os desejos.
As marés que marcam as horas
Apagam da areia, pegadas do sofrimento,
Do tempo que passa, e chora.