SE NÃO PUDERES ME AMAR, AVISE-ME

Se não puderes me amar, avise-me

Não sou muito bom em ler sinais

Mas me avise francamente, sem pudor

Avise-me com traços de psicopatia

Saia com a mesma frieza que chegou

Mas deixe a porta destrancada

Avise-me duma vez

E me poupe de desgastes

Para que eu possa recobrar os sentidos

Avise-me como um golpe sorrateiro e forte

Mas que não me acerte no queixo

E que me permita retornar ao ringue

Avise-me como a força suave do vento

Que despendura as folhas das árvores

Sem dissecar o poder de suas raizes

Guillherme Sotero
Enviado por Guillherme Sotero em 25/05/2022
Código do texto: T7523400
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