AINDA AMOR
AINDA AMOR
O ainda pessoal das recordações,
Passa por demonstrações periódicas,
Para deixar-se em individualidades.
As marcas da intensidade sublime,
Possuem vida,
Nas aberturas dos caminhos.
Golpes de uma luz espessa,
Sorriem, comparados à unicidade da clareza.
O arejar dos nacimentos,
Central, floresce,
Carregado de oxigênio,
Cantando a respiração da alegria.
Os rastros da iluminação,
Sinalizam o apego às teimosias.
A razão, sendo egoísta,
Diminui as somas das grandezas.
Os atrasos do já,
E do nada,
Igualam-se às dúvidas.
Os esquecimentos do tudo,
Memorizam a vivacidade dos encontros iniciais.
Sabedorias fotografadas,
Subtraem histórias.
O chegar empobrece,
As migalhas da fome.
O nunca, feito pela justiça,
Deve existir na ausência.
No fundo de um jamais,
O poder do olhar,
Aconchega-se ao interior.
A inacessibilidade das localizações,
Constrói as superioridades.
O guardar do amor,
Aguarda descobertas.
Sofia Meireles.