Moinhos de vento

Às vezes sinto como se não devesse sentir

"Sinto, logo existo", e sentindo, sinto como se não devesse existir

Às vezes existo sem sentir, às vezes sinto que não vivo

Sobrevivo, acorrentado à constante efemeridade do ser

Sendo, sou, existo e sinto

Em excesso na maior parte do tempo

Tempo que me engole, regurgita e cospe

Trazendo lições que não apreendo

Mas não me arrependo, sigo errando, errante a esmo

Caminho em ciclos, sem lar, sem destino, coleciono momentos

Sou tecido das Moiras, enroscado em moinhos de vento

Petrvs
Enviado por Petrvs em 23/05/2022
Código do texto: T7522416
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