DROGADO
DROGADO
Os olhos perdidos
Miram o infinito
Na sua inexistência
A mão em espalmo
Pede o que não tem
O rosto encovado
Coberto de rotos
Indefine o ser
Apenas o ali está
Morto pela droga
Nada mais importa
Apenas a pedra
Que logo cobrirá
O corpo já agora
Decomposto
Não há prenúncio
O fim já é presente