Sonhador de Absurdos

Que se detenham os versos que surgem

Tentadores, para pôr a minha pena

No caminho de nova e quimérica nuvem,

Como se fossem soluços dos pés na pedra

Pontiaguda da ilusão,

De onde a angústia sempre medra.

 

Ainda busco refúgio num

Deserto cheio dos territórios das impossibilidades,

Mas já não me habito em nenhum,

Pois descobri que tinham ouvidos surdos

As minhas antigas noites de esperanças

Em que dormi, impune sonhador de absurdos.

 

 

Santiago Cabral

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Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 22/05/2022
Código do texto: T7521330
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