Sonhador de Absurdos
Que se detenham os versos que surgem
Tentadores, para pôr a minha pena
No caminho de nova e quimérica nuvem,
Como se fossem soluços dos pés na pedra
Pontiaguda da ilusão,
De onde a angústia sempre medra.
Ainda busco refúgio num
Deserto cheio dos territórios das impossibilidades,
Mas já não me habito em nenhum,
Pois descobri que tinham ouvidos surdos
As minhas antigas noites de esperanças
Em que dormi, impune sonhador de absurdos.
Santiago Cabral
cantinhodasletras@outlook.com