DESPERDÍCIO
No cárcere da vida me tranco,
Na escuridão da noite me escondo,
Nas águas do mar me afogo.
No medo do perigo me exponho,
Na lista dos tristes me ponho,
Na melancolia do dia-a-dia me arrasto.
Quanta lamúria instigada!
Quanta vida desperdiçada!
Está na hora d’eu criar vergonha,
Dá um beijo na tua boca
E voltar para a vida.