CONTRA IDENTIDADE

É no incerto ponto de encruzilhadas e

fronteiras

que me invento no movimento do tempo,

que me faço constantemente outro,

que me desfaço de mim mesmo,

afogando no mundo.

Sei que no fundo existo vivo e morto,

que sou um permanente esforço, esboço,

de composição incerta de um corpo quase inumano na anti identidade do desejo.

Entre coisas, maquinas e delírios

sigo decomposto e exposto .

Carlos Pereira Junior
Enviado por Carlos Pereira Junior em 19/05/2022
Reeditado em 21/05/2022
Código do texto: T7519216
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