Foto - desconheço o autor - recebi por email

MARCAS


Quais as marcas
Que, sorrateiras, marcam
Profunda e absurdamente
A negligente Alma humana?

Quais os açoites,
Que noite e dia desenudam
Feridas íntimas e descabidas
Na carne e na alma?

Quais os humores
Que, destemidos
Se apossam em desatino dos insanos
Que aos sabores se entregam?

Quais os caminhos
Que nós, filhos da Terra,
Tolamente, aventureiros noturnos
Nos propomos a deslindar?

Quais os pecados,
Que arrempedidos,
Num arroubo de coragem,
Ousamos confessar?