Na Paz Me Embrenho

Já não tenho dores agudas

Agora são todas crônicas

Reconheço os meus Judas

Careço de juntas biônicas

Tive todos os sentimentos

Hoje melhor absorvo a dor

Ainda vivo bons momentos

Sendo melhor observador

Ouço bem mais do que falo

Já vislumbro a eternidade

Aqui nunca cantei de galo

Porém não temo a verdade

Contra o tempo já não luto

Pois tanto tempo não tenho

Ruídos há muito não escuto

Na íntima paz me embrenho.

Brilhante, criativa e honrosa interação do mestre poeta Francisco de Assis Góis:

Gratidão (redonde)

Repito com gratidão:

Vida, não me deves nada.

Aproveitei cada grão

Que colhi nessa jornada.

Até o que eu não mereci,

Não colhi ou que perdi

E foi dado a um irmão.

Tudo isso, Pai, me agrada.

Repito com gratidão:

Vida, não me deves nada.

marciusantos
Enviado por marciusantos em 18/05/2022
Reeditado em 20/05/2022
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