Paneiro de palha
Embriagado ela me viu,
Riu do meu jeito desengonçado
Copo desgraçado, vazio
Sem cerveja, nem vinho
Vinha apenas aquela
Mulher que incendeia o paneiro de palha
em que eu guardo a minha loucura.
Sou sugado pelo delírio da minha sanidade
Sem perder a validade, permanece
Desejo, desejo, desejo
Sem beijo... eu a desejo
Ela dança e debocha
Do tempo que a imita.
E quando elas se encontram
Unindo o paladar
Eles que se arrepiam
Em carne
Entrelaçar de almas.