Sorrisos de Serviçais à Míngua
Sorrisos embriagados
Sonolentos de tão doentes
Sorrisos petrificados
Em anarquismos e anarquias várias
Sorrisos aniquilados, em ruínas
Subalternos de tão hostilizados
Sorrisos abortados
Em neuroses promíscuas
Segregados de tão tiranizados
Doenças e massacres
Hostilidades e tiranias
Sorrisos ungidos
em liturgias salobras, macabras,
em rituais fúnebres e íngremes
Com regras obsoletas
Funestas e ridículas
Perante centenas de filas
de serviçais à míngua
Que tudo vê e nada enxerga
Nem seus próprios umbigos
enfeitados de feridas