INSISTENTEMENTE

Chamei teu nome na escuridão da noite

E era-me um açoite, horas a fio a chamar

Como um rio sem corredeira

Que se demora a passar.

Chamei-te a noite inteira

E só ouvia o meu eco

A ressoar pelo tempo,

Se esvanecer pelo ar

Sob o negrume do céu,

Sobre o abismo do mar,

Entre as folhagens que o vento

Teimava em farfalhar...

Chamei insistentemente,

E nessa escuridão noturna,

Sem clarão de lua,

Sem estrelas a brilhar.

Minha alma vagava nua,

Sem ter lugar para ficar:

Ou se perdia no céu,

Ou se afogava no mar.

Louca clamava pra lua,

Chamava-te ao luar,

Sob o negrume do céu,

Sobre o abismo do mar...

By Nina Costa, in 15/05/2022.

Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 15/05/2022
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