ROGOS

ROGOS

Desdobro as asas cansadas

de acordar novas auroras...

Voo mais esta manhã,

já sabendo dos seus nadas,

risos forjados, estradas,

que não sei onde vão dar...

Alento não vejo; em tudo,

sempre uma sombra malsã...

Um amargo entremeado,

no doce do inútil afã...

Sobreviver, coisa ousada,

ante a leveza do ser...

Não seja o meu parecer,

nada que macule o belo.

São rogos do meu viver,

carente de uma magia,

que ilumine o meu castelo,

dê ilusões ao meu dia.