Por quês
Vês
És tão pequena
para um sentir tão extremo
que este corpo não se contenta
Teus por quês relutam
quase sempre sem repostas
batem com força em certa torpeza
colidindo, desafiando-lhe
nas tuas indigestas incertezas.
Vês,
Que nem sempre entenderá nas palavras
esse turbilhão que acontece por dentro,
É certo que não busque a ciência naquilo que não foi feito para o entendimento.
Confusa até os confins da alma,
em suas incógnitas e utopias
Irriquieta logo desiste, pobre alma perdida
do teu avesso flui todas respostas
à luz das linhas abruptas da tua poesia.