Ouvindo a canção cálice (Chico e Gil)
Engolindo o folego seco de raiva
Bebendo o líquido amargo do copo
Olhando com lágrimas o cortejo do mal
Cego nos clarões dos dias fúnebres
Comemorados pelos arquitetos do ódio
Ignorando seu próprio povo
Esquecendo o amor das próprias mães
Sentindo prazer com as dores humanas
Lutando pelo alimento dos filhos famintos
Esquecendo de viver com o remorso de não ter lutado
Resistido para conquistar um pouco de equilíbrio
Na escuridão do planalto central
Construído com o sangue dos trabalhadores
E enriquecendo empresários espertos
Corrompendo e roubando para o ócio
Da riqueza.