BÁLSAMO DO ADEUS
BÁLSAMO DO ADEUS
O bálsamo possui verdades conhecidas,
Que são a unicidade dos mistérios.
O empenho floresce,
Ante visões pessoais.
O poder egoísta,
Liberta o canto,
De todos os demonstrativos beijos.
A conclusão do enfrentamento levianamente paradisíaco,
Oferece o tudo,
À umidade dos segredos.
O guardar enriquece o amanhecer,
Com as sementes das cores.
Caminhos limpos,
Fragilizam localizações.
O passeio, exercício proibido,
Adora dormências.
Fúnebres, as linhas do domínio,
Pisam nas pedras do sangue.
Os passos do encanto enterrado,
Desconhecem aberturas.
Chegadas grandiosas,
Por um ouvir nutritivo,
Circulam por descargas tardias.
Os movimentos do abraço,
Criam a sequiosidade.
A luz virginal da profundidade,
Ilumina distâncias.
A descoberta de margens,
Inova o tato.
O aquecer cavernoso,
Apenas rejuvenesce,
O romper de batimentos.
Pinturas leves,
Congelam a definição dos versos.
Olhares direcionados,
Nomeiam fúrias.
Satíricos, os pronomes,
Acendem fases.
A maciez das idas despedidas,
Amadurecem a esperança.
O começo das formas severas,
Em línguas perfuradas,
Saboreiam o brilho.
A mudança das coisas,
Esquece o pó.
Expostas, as recordações,
Petrificam o tempo.
Arcaica, a ressurreição,
Estabiliza substituições.
A gherra habita,
Na geração do querer figurado.
A eliminação superficial,
De vestígios antigos,
Falsifica a química das compras.
Rastros de mesmice,
Cronometram a plenitude.
Encostada à preguiça,
A maioridade do depois batalhador,
Liberta conversões.
O bem faz da sabedoria,
Uma fonte de espaços.
Números rítmicos,
Refrescam volumes.
O nascimento da franqueza,
Veste-se com dedilhados.
O deixar mítico da fala,
Reforça brincadeiras.
O alimento do sobressalto,
Sai da sede.
O erro da loucura,
Crucifica funerais.
A santidade das paixões,
Sufoca enfeites aprisionados.
A claridade da noite,
Acaricia arquivos.
A luta da fadiga,
Diz das perdas centrais.
Os declínios geográficos da conquista,
Impedem atos clandestinos.
O nada do sempre,
Na demasia da bondade,
Certamente toca,
O envio da pressa.
A suspensão areja,
Lentas distorções,
Na individualidade do adeus.
Sofia Meireles.