Sorrisos Desmaterializados
Só os inumanos,
homens quaisquer
Limitam - se em impor
cabrestos em Sorrisos
Só homens quaisquer
limitam - se em impor
rédeas em Sorrisos
Só encarceram Sorrisos os sub-humanos de plantão nas esquinas submissas a padrões e crenças limitantes
Aos que enfeiam os funerais de Sorrisos saqueados, esquartejados...
Aos que desmaterializam Sorrisos
Não ouvem seus relatos
Como residentes nos subsolos
de cavernas ambulantes
de Sorrisos deteriorados,
desencantados
Sorrisos fúnebres de tão maltratados
Destituídos por serviçais dementes e debulhar suas tiranias na agonia torpe de vanglórias insanas
Ah, esses maltrapilhos de grife
Desdentados de sua virilidade
como potência de ser
Mas que nunca serão
Porque aqui nada são!
Apenas por aí estão
A enfeiar o mundo
com seus pés sujos
da poeira imunda
Por onde caminham
esses esnobes e pobres homens