Miramar
(Os dois primeiros versos deste poema pertencem à Observadora, nossa amiga do Recanto das Letras. Apaixonei-me por eles e resolvi usá-los nesta homenagem que faço a ela)
“Doida o bastante
Pra me apaixonar pelo vento”,
Vago à noite pela orla
Sem alento, bar em bar,
Em busca de um coração
Que me queira namorar
E me acenda mais fogueiras
Que uma noite de São João.
Sigo afoita contra a brisa
Que espalha meu feromônio
Aos homens de lado a lado
Porém pra me dar... só tendo me apaixonado.
Só, tão só
Tão soteropolitana
Uma mulher por inteira,
Meiga, pura
Manhosíssima na cama...
Olho a lua, ouço o mar e sigo em frente
Vou deixando meu olor
Nesse ermo litorâneo
Subverto no calor
A canção de um conterrâneo
E acredito (piamente!) que inventei o amor.