Miramar

(Os dois primeiros versos deste poema pertencem à Observadora, nossa amiga do Recanto das Letras. Apaixonei-me por eles e resolvi usá-los nesta homenagem que faço a ela)

“Doida o bastante

Pra me apaixonar pelo vento”,

Vago à noite pela orla

Sem alento, bar em bar,

Em busca de um coração

Que me queira namorar

E me acenda mais fogueiras

Que uma noite de São João.

Sigo afoita contra a brisa

Que espalha meu feromônio

Aos homens de lado a lado

Porém pra me dar... só tendo me apaixonado.

Só, tão só

Tão soteropolitana

Uma mulher por inteira,

Meiga, pura

Manhosíssima na cama...

Olho a lua, ouço o mar e sigo em frente

Vou deixando meu olor

Nesse ermo litorâneo

Subverto no calor

A canção de um conterrâneo

E acredito (piamente!) que inventei o amor.

Nelson Oliveira
Enviado por Nelson Oliveira em 23/11/2005
Código do texto: T75105