Porta
Na escuridão
Um medo disfarçado bate à porta.
Insiste, insiste.
Ela não pode abrir. Quer, mas não pode.
Não há compaixão que supere o medo.
A melancolia acorda, invade com o morno sorriso do que - já passado - não a abandona.
Pela janela vê a esperança, cabelos ao vento.
Já vai distante.
Esperança e passado não se acertam.
Quando ele sair daqui, aí sim, ela volta.
Lá o sol vai alto...
Cá a escuridão brilha.