ESPERANÇAR...
Mãos em concha aprisionam a água da fonte...
Que escorre pouco a pouco... Gotículas se vão.
A esperança cintila na película furta-cor
Sorri faceira... minha esperança brota
Da fonte que cai na praia do Sonho.
Límpida água brilha em mil nuances
Ao sol reinante.
Ora o instante se esvai... lábios saciam-se.
Ora o infinito convida ao viajante:
Percorra os labirintos da Vida...
Renasça nalgum templo de Luz.
Como a semente plantada no outono
Floresce um talo de flor... Esperançar...
Ver brotar novas perspectivas de subir
Ou de escalar as encostas das montanhas.
Esperançar... ver explodir
Os bulbos das amarílis na terra fértil.
Um dia, emoção vivi numa cidade medieval
Ao ouvir o repicar dos sinos de bronze
Em um tempo passado.
Esperançar... enternecedor momento,
Ressoam canções angelicais natalinas
Trazem o etéreo fio de esperança...
Harpas, violinos, violas entoam acordes
E sinfonias de algum remoto lugar,
É a esperança que vibra a cada brisa da manhã
E a cada lampejo de luz ao entardecer.
________________________________________________
Izabella Pavesi
_________________________
imagem: internet
_____________________________
P.S. Esta poesia ganhou o 3º lugar no Concurso da ACIMA - Ass. Mandala de Milão-Itália 2022.