DOR DE ALGUÉM

Ancorado em porto solidão

Estava alguém em soluços

Derretendo em prantos

Com os desencantos

De um fim.

A tristeza era tamanha...

Que aquela dor estranha

Não passou despercebida,

Então, ali concebida,

Viam-se lágrimas

Tornar-se mar;

Vindas de um amar,

Agora amargo,

No embargo

De um forte choro.

Nesta hora, pensa-se no tempo,

Um remédio santo,

Que curará o pranto

Que ora deságua

E se vai...

Pelos "rios" do amor.

Ênio Azevedo