TÉDIO CONSENTIDO
TÉDIO CONSENTIDO
O tédio estável,
Aborrece o ter ilusório.
A coletividade já não floresce,
Nem em frutíferas fantasias.
Dado ao sangue,
O aborto da dor,
Atira-se às pedras,
Enquanto o além o cerca.
A escuta soa,
Em meio à opacidade das quedas.
As arestas do levantamento,
Distraem fragmentos,
Do pairar arejado.
O subir público,
Passeia pela paz,
Com certa substância de grosseria.
Os interesses idos e únicos da humanidade,
Instantaneamente dizem de futilidades.
A beleza define o olhar,
Pela comparação com partes da negatividade.
Demonstrações mundialmente restritas,
Distanciam percursos,
Da plenitude universal.
Habitante de naufrágios,
O caminho paradisíaco,
Apoia-se na mentalidade.
Vã, a continuidade,
Toca o guardar.
As causalidades do agora,
Quantificam o inviável.
A elevação cospe comédias,
Encontradas no alicerce.
O geral das memórias,
Consente pressentimentos.
Sofia Meireles.