Para Ela

Por ela e para ela, a que não deve ser nomeada,

Porque um simples nome não a sustenta

E, muito menos, deveria ser em vão chamada.

Ela em seu complexo e completa a vida contenta

E pouco sabe sobre, por mim, o quanto é amada.

Para ela, apenas isto e só, e o finalmente.

Meus dias de primavera, hoje um triste inverno,

Um breu profundo nas alcovas do poente.

Sentimento que nasceu e se desgasta no eterno.

Ela, que me mantém à vida vivo, mesmo tangente.

Meu amor por ela cresce e nossa distância avança,

O vazio tentando se preencher com a solidão

Na medida que a própria vida perde a esperança,

A eternidade vagando pelo abismo, mesmo em vão.

Ela, uma jovem poesia, viva apenas na lembrança.

Meu amor é e ponto, até das palavras desisto...

Amor perpétuo que permanece, e o sopro se esvai.

Todo amor nasce em um destinado imprevisto

No momento, e enquanto, o silêncio vem e cai

Resultando todos os porquês da vida: É isto.

Cronologicamente o tempo só faz sentido no fim,

Mas a vida é momentânea. A morte é eterna...

Não há antes ou depois na eternidade, assim.

"Quid est veritas", a mesma questão interna.

Ela a é, tal como ela é meu derradeiro jardim.

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 02/05/2022
Código do texto: T7507903
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