Parte da alma
Era uma vereda perdida no meio da estrada,
desses caminhos por onde a vista se perde
de tanto a gente gostar, de aventuras reprimidas.
E seguimos com o desejo de continuarmos a ver
onde aquele fiasco de chão poderia nos levar...
Indagamos,
o que será que acontece, há felicidade por lá?
Havia qualquer coisa de encanto na vereda,
pensamentos que se prenderam na flor azul,
no entardecer laranja, olhos sem pressa pela noite,
pelo medo da madrugada sem nada dizer.
Vereda é uma parte da alma, um lugar onde
não se ousa, muitas vezes chegar,
preferimos os lugares conhecidos, o novo
assusta!
Por talvez não querermos mais voltar.
Costumamos fazer o mesmo caminho, perder-se
é muito arriscado, recuamos...
Somos temerosos, acomodados e acostumados,
damos voltas e mais voltas, sem querermos
de fato chegar, preferimos o sonho, à ter que realizar.