GRATIDÃO PALPITANTE

GRATIDÃO PALPITANTE

Grato, o gênero,

Naturaliza a virgindade,

Saboreada pelo tudo.

Posses torpes,

Em papéis únicos,

Desmontam e se espalham,

Como depósitos em repouso.

Misterioso, o não se revela,

Ao apenas das ocorrências.

Os rabiscos, em forma de hinos,

Dedicam-se ao tempo das voltas.

Densa e fechada,

A escuridão das efemeridades,

Voam rumo ao sono.

Iniciante e final,

O dia do mundo,

Sangra, mordido através de frutíferos frescores.

A fome acumula noites,

Pela sede poupada,

Em meio às desordens da vida.

Visitas purificam,

O desgaste dos desejos.

Solitários, os soluços cíclicos,

Exercitam profundidades.

A universalidade, tecida pelo aconchego,

Acende o gelo.

Formas claras,

Perseguem travessias.

O labirinto mental,

Canta a voz demonstrada pelo amor.

Arrasado, o reino da elevação,

Fulgura em encontros.

A grandeza viaja,

Pela partida do término.

Canções desperdiçadas,

Ausentam-se de dormências.

A santidade fracassa,

Ante a pergunta do pensamento.

Fúnebre, o refúgio da perda,

Sonha com o tatear do brilho.

O erro cego,

Promete devastações.

Fronteiras eternizam,

O silêncio da fixidez,

Em luzes inventadas.

Construções sucessivas,

Fogem ao toque da destruição.

Instantânea e obstinada,

A ida derrota a vinda.

O guardar inconsciente,

Palpita impalpável.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 30/04/2022
Código do texto: T7506071
Classificação de conteúdo: seguro