GRATIDÃO PALPITANTE
GRATIDÃO PALPITANTE
Grato, o gênero,
Naturaliza a virgindade,
Saboreada pelo tudo.
Posses torpes,
Em papéis únicos,
Desmontam e se espalham,
Como depósitos em repouso.
Misterioso, o não se revela,
Ao apenas das ocorrências.
Os rabiscos, em forma de hinos,
Dedicam-se ao tempo das voltas.
Densa e fechada,
A escuridão das efemeridades,
Voam rumo ao sono.
Iniciante e final,
O dia do mundo,
Sangra, mordido através de frutíferos frescores.
A fome acumula noites,
Pela sede poupada,
Em meio às desordens da vida.
Visitas purificam,
O desgaste dos desejos.
Solitários, os soluços cíclicos,
Exercitam profundidades.
A universalidade, tecida pelo aconchego,
Acende o gelo.
Formas claras,
Perseguem travessias.
O labirinto mental,
Canta a voz demonstrada pelo amor.
Arrasado, o reino da elevação,
Fulgura em encontros.
A grandeza viaja,
Pela partida do término.
Canções desperdiçadas,
Ausentam-se de dormências.
A santidade fracassa,
Ante a pergunta do pensamento.
Fúnebre, o refúgio da perda,
Sonha com o tatear do brilho.
O erro cego,
Promete devastações.
Fronteiras eternizam,
O silêncio da fixidez,
Em luzes inventadas.
Construções sucessivas,
Fogem ao toque da destruição.
Instantânea e obstinada,
A ida derrota a vinda.
O guardar inconsciente,
Palpita impalpável.
Sofia Meireles.