Sépia

Envelheço e reconheço

Que tudo é sépia

E ninguém mais percebe

A nova verdade

Revela-se a mim

Agora que enchergo

Vislumbre do mundo

O puro, o alvo profundo

Um branco tão branco em minha visão

Que paro e penso: o que é real

O que é fantasia?

O que é que existe?

Qual é o limite da minha razão?

Talvez seja isso somente a vida

Um mero contraste

Um ponto de vista no olho do artista

Um traço, uma listra

Nuance sinistra

Só uma ilusão!