RIOS PARA O MAR COMO POEMAS PARA TI
Os poemas te procuram tão intensamente,
Como as águas dos rios deslizam em busca
Do encontro do mar!
E o mar sedento, as espera,
Como um poema a te esperar.
E por mais que haja riquezas nas profundezas,
O mar se empobrece,
Quando não se abastece,
Com as águas dos seus rios;
Assim os poemas que te querem,
Quando não te encontram,
Empobrecem sem ti.
E quando os mares abraçam suas águas,
Felizes, formam “lágrimas de chuva”, lá no céu,
Tal e qual, os poemas, quando te encontram,
Derretem-se nos teus olhos.
Poemas, “gotas de emoção”!
E você com certo ceticismo, diz:
Será que este poema procura a mim?
Mas quando menos percebe,
Dos seus olhos caem gotas...
E você se dá conta, afinal;
Que é você que se derrete
Com o poema.
Ênio Azevedo