IMORTALIDADE DIRECIONADA

IMORTALIDADE DIRECIONADA

Direções são unicidades,

Localizadoras de histórias.

O ter olha a esperança,

Com uma adolescência tátil.

Público, o sustento alternativo dança,

Em posses suportáveis e andantes.

Numeroso, o parecer natural do nunca,

Nega a pessoalidade das passagens.

Ausências notórias,

Sabem da inconsciência.

O amor ao sim,

Voa sem temor.

Frutífero e universal, o toque,

Luta por abraços.

A circulação do espelho,

Aquece descidas naufragadas.

Gritos coloridos,

Bebem descrenças.

Estática, a escuridão do tempo se mostra,

Contrária à luz nua da beleza.

O convívio luxuriante,

Raciocina em sorrisos.

A transparência eleva a proteção,

Invisível ao fogo.

O beijo floresce,

Na fase suave da carícia.

Enfeitada, a virgindade,

Concebe a retidão.

As formas oferecem,

Amabilidade aos dias causais.

A noite solitária,

Contempla as exclamações da tristeza.

A conclusão das trevas,

Inimiga, cobre-se com a paz.

O amanhecer corrompido,

Abrevia as marcas do cedo.

Encontros eventuais,

Tecem a inquietude.

A fala neutra,

Antecipa a musicalidade.

O sempre vertiginoso,

Diz o nome do talvez.

A ignorância, eterna e jovem,

Prolonga desejos imortais.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 28/04/2022
Código do texto: T7504715
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