IMORTALIDADE DIRECIONADA
IMORTALIDADE DIRECIONADA
Direções são unicidades,
Localizadoras de histórias.
O ter olha a esperança,
Com uma adolescência tátil.
Público, o sustento alternativo dança,
Em posses suportáveis e andantes.
Numeroso, o parecer natural do nunca,
Nega a pessoalidade das passagens.
Ausências notórias,
Sabem da inconsciência.
O amor ao sim,
Voa sem temor.
Frutífero e universal, o toque,
Luta por abraços.
A circulação do espelho,
Aquece descidas naufragadas.
Gritos coloridos,
Bebem descrenças.
Estática, a escuridão do tempo se mostra,
Contrária à luz nua da beleza.
O convívio luxuriante,
Raciocina em sorrisos.
A transparência eleva a proteção,
Invisível ao fogo.
O beijo floresce,
Na fase suave da carícia.
Enfeitada, a virgindade,
Concebe a retidão.
As formas oferecem,
Amabilidade aos dias causais.
A noite solitária,
Contempla as exclamações da tristeza.
A conclusão das trevas,
Inimiga, cobre-se com a paz.
O amanhecer corrompido,
Abrevia as marcas do cedo.
Encontros eventuais,
Tecem a inquietude.
A fala neutra,
Antecipa a musicalidade.
O sempre vertiginoso,
Diz o nome do talvez.
A ignorância, eterna e jovem,
Prolonga desejos imortais.
Sofia Meireles.