Pau-brasil, vermelho sangue
Bandeirantes cortam as matas em busca do ouro abrindo novas estradas para
o caminho dos tolos.
Veias abertas, nosso sangue derrama, rios vermelhos brasis inundam águas
cristalinas sob o sol de Pindorama.
Insaciável cobiça,
Pólvora e lâminas de aço.
Vagantes desterrados,
Borbas Gatos, ratos e aves de rapina,
Nossa sina...
Da história empurrada de cima para baixo, sobe a revolução rio acima.
Das matas virgens o grito Nheengatu, fogo, raios do céu queimando estátuas e
falsos deuses das cidades de papel,
Tambores nativos rachando muralhas desta torre de Babel.