DAS MANHÃS QUE VIRÃO ...
Meus olhos
anoitecidos
observam um sol ardente
no chão
Faz escuro
mas
as manhãs
requerem luz
Soube de um medo enfurecido
rarefeito
pairando sobre cabeças
Um medo fabricado
que não resiste ao brilho
das estrelas
A vida
degradada
impaciente
se prepara
para cantar o tempo do amor
para distribuir
abraços
beijos
se embriagar de ternuras
junto aos homens
as mulheres
que amam ...