ÚTERO DA PÁTRIA.
De tudo a essência.
Do grito, o eco que resvala,
a vontade de dizer o não dito,
que engasga.
Desta voz que interrompeu
a força das palavras.
Do vento, que fez que ventava
no calor das faces.
De tudo que o olho vê de insano,
de profano no útero da pátria.
Pífios passos que dou
na certeza do nada.
Desta vaga ilusão, de ser a visão
que clareia as estradas.
Tombam as forças da bandeira
empunhada.
O coração da pátria ocupado
pelos pés dos tolos, que não
sentem que estão amarrados.
Está esperança que por hora
foge.
E esse grito agarrado que quer
despertar consciências,
morre nos olhares apagados
daqueles que sonham adentrar
um supermercado.